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Study Day | Investigação-ação em saúde e educação para a saúde

O evento é organizado pela EstreiaDiálogos, uma Associação em Rede Internacional Lusófona de Investigação-ação Colaborativa, em parceria com a Universidade do Minho (Centro de Investigação em Estudos da Criança e Centro de Investigação em Educação), e decorrerá online, no dia 24 de maio de 2024. O Study Day visa promover a divulgação de estudos e o diálogo sobre problemáticas na área da saúde e potenciar o estabelecimento de projetos e partilha de experiências entre os participantes interessados nas questões da investigação-ação colaborativa.

A investigação-ação em saúde pública e promoção e educação para a saúde difere da maioria das outras abordagens de investigação, porque se baseia no desenvolvimento de um processo de ciclos de reflexão, recolha de dados e ação que visa melhorar a saúde e reduzir as iniquidades em saúde através do envolvimento das pessoas nesse processo, simultaneamente construtor de novo conhecimento, inovação e mudança social. Neste contexto, com o objetivo de partilhar experiências de vários investigadores nesta área, serão apresentadas duas intervenções com o objetivo de encorajar a discussão, reflexão e criação de redes nesta área de aplicação da investigação-ação.

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Investigação-ação em saúde e educação para a promoção da Saúde

 Teresa Vilaça

Centro de Investigação em Estudos da Criança (CIEC), Instituto de Educação, Universidade do Minho

 

A investigação-ação (IA) em saúde e educação para a promoção da saúde tem-se baseado em diferentes tradições de IA para desenvolver um processo coerente alinhado com os diferentes problemas e objetivos de investigação. Estas investigações visam diferentes graus de participação das pessoas envolvidas nos problemas e de promoção de transformações locais inovadoras e sustentáveis. Tem sido usada uma grande variedade de termos para descrever diferentes abordagens de IA em Saúde, tais como investigação cooperativa, investigação colaborativa, IA participativa e, mais recentemente, o co-design (Casey et al., 2021). Também se observa que a área de investigação varia, desde projetos de promoção da saúde (Neuls, 2003; Onnela et al., 2014; Vilaça & Jensen, 2009; Whitehead et al., 2003), formação em intervenção comunitária para estudantes de medicina (Gimpel et al., 2018), cuidados de enfermagem em saúde mental (Moreno-Poyato et al., 2022), cuidados de saúde (Casey et al., 2021) e implementação da e-Saúde (Oberschmidt et al., 2002). Baseado neste contexto, esta comunicação tem os seguintes objetivos: i) apresentar diferentes estudos que aplicam a IA em saúde e educação para a promoção da saúde; ii) discutir as lições aprendidas com estas investigações; iii) promover a partilha de investigações e práticas com os participantes no Study-day a partir dos estudos apresentados. Assim, a principal mais valia desta partilha será a discussão da sustentabilidade das investigações baseadas na IA e as suas potencialidades para, baseada nos valores democráticos e em paradigmas emancipatórios, promover a inovação, cocriação e mudança social.

 

Referências

Casey M, Coghlan D, Carroll Á, Stokes D, Roberts K, & Hynes G. (2021). Application of action research in the field of healthcare: A scoping review protocol. HRB Open Res. 15(4)46. doi: 10.12688/hrbopenres.13276.2. PMCID: PMC8240599.

Gimpel, N., Kindratt, T. Dawson, A., & Pagels, P. (2018). Community action research track: Community-based participatory research and service-learning experiences for medical students. Perspect Med Educ, 7, 139–143. https://doi.org/10.1007/s40037-017-0397-2

Neuls, T. (2003). Participating in action research on a health promotion project: A reflection. Educational Action Research, 11(3), 415-427.

Onnela, A.M., Pvuokila-Oikkonen, P. & Hurtig, T. & Ebeling, H. (2014). Mental health promotion in comprehensive schools. Journal of Psychiatric and Mental Health Nursing, 21, 618–627. https://doi.org/10.1111/jpm.12135

Oberschmidt K, Grünloh C, Nijboer F, & Velsen L (2022). Best practices and lessons learned for action research in eHealth design and implementation: Literature review. J Med Internet Res, 24(1), :e31795. https://doi.org/doi: 10.2196/31795

Vilaça, T., & Jensen, B. B. (2014). Aplicando a metodologia S IVAC em escolas para explorar a criatividade dos alunos em resolver problemas de saúde sexual. Educação: Teoria e Prática 24(45), 216-232. http://hdl.handle.net/1822/52239

Whitehead, D., Taket, A., & Smith, P. (2003). Action research in health promotion. Health Education Journal; 62(5), 5-22. https://doi.org/10.1177/001789690306200102

 

 

A investigação-ação como estratégia de inovação e mudança da Unidade Curricular de Educação para a Saúde no Ensino Superior

 Isabel Chagas

Instituto de Educação, Universidade de Lisboa

 

Desde o ano letivo 2010/11 que a Unidade Curricular (UC) de Educação para a Saúde integra o elenco de opções dos mestrados em ensino da Universidade de Lisboa. Decorre semestralmente na modalidade blended-learning com 3 sessões presenciais e as restantes a distância, com recurso à plataforma MOODLE. Como metodologia de ensino e aprendizagem segue a Aprendizagem por Problemas segundo o modelo dos seven-jumps de cooperação em grupos tutoriais (Dolmans & Schmidt, 2006). Partindo do princípio de que cada professor, de qualquer área disciplinar, precisa de formação específica para superar os desafios que um programa integrado e transversal de educação em saúde exige (MEC, 2012), esta UC tem vindo a constituir-se como um espaço em que os futuros professores aprofundam os conhecimentos sobre a Promoção e Educação para a Saúde, se familiarizam com projetos nacionais e internacionais neste âmbito (Carvalho et al., 2017) e planeiam colaborativamente ações aplicáveis em contexto escolar.

A conceção, planeamento, concretização e atualização desta UC tem sido fruto da colaboração entre docentes, professores, estudantes de doutoramento e, mais recentemente, estudantes futuros professores (Chagas, et al. 2012; Chagas, 2013). Após uma breve descrição da evolução da UC centrar-me-ei nos processos de investigação conducentes à sua inovação e mudança, refletindo sobre a relevância da colaboração entre os diferentes intervenientes.     

 

Referências

Carvalho, A. et al. (2017). Referencial de Educação para a Saúde. Direção Geral de Educação.

Chagas, I., Faria, C., Mourato, D., Pereira, G., & Santos, A. (2012). Problem-based learning in an online course of health education. European Journal of Open, Distance and E-learning, 15, 1-10.

Chagas, I. (2013). Impacts of an online problem-based course in future teachers’ ideas about school health education. In V. Simowska (Chair). The 4th European conference on health promoting schools. Equity, education and health. Abstracts. (pp. 53-55). Schools for Health in Europe.

Dolmans, D., & Schmidt, H. (2006). What do we know about cognitive and motivational effects of small group tutorials in problem-based learning? Advances in Health Sciences Education, 11, 321-336.

MEC (Ministério de Educação e Ciência) (2012). Educação para a cidadania. Linhas orientadoras. Direção Geral de Educação.

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Programa (hora Portugal)

17h00

17h15

18h30

Abertura | Deolinda Ribeiro, Presidente da Associação EstreiaDiálogos, Portugal

Mesa redonda | Investigação-ação em saúde e educação para a promoção da saúde

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Teresa Vilaça, CIECUniversidade do Minho, Portugal

 

Isabel Chagas, Universidade de Lisboa, Portugal

 

Moderadora: Maria Alfredo Moreira, CIEd, Universidade do Minho, Portugal

Debate

19h00

Fim dos trabalhos

Inscrições

O evento é online e gratuito, mas sujeito a inscrição.

Para esclarecimentos adicionais, por favor contactar estreiadialogos2016@gmail.com.

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